Ação Bíblica do Brasil – Direitos Reservados
Crer no Senhor Jesus Cristo implica a certeza do perdão dos pecados e a vida eterna.
Infelizmente, numerosos cristãos sinceros pensam que é impossível ter qualquer certeza a esse respeito e se contentam em “esperar” a misericórdia divina.
A incerteza lhes parece um estado normal, uma prova de sua humildade. Na realidade, a dúvida que pesa sobre suas almas torna-se um obstáculo para caminhar com uma fé viva e vitoriosa.
Mas afinal: Como posso saber que meus pecados foram verdadeiramente perdoados e que, portanto, eu tenho a vida eterna?
ENTREGUEI-ME A JESUS:
Um dia ouvi o apelo do Senhor Jesus:
“Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mateus 11:28).
Quando fui a ele, não foi por me considerar uma pessoa boa, nem para fazer alguma coisa por Jesus, mas para que ele fizesse algo por mim, conforme ele disse:
“Eu vos aliviarei”.
Eu sabia que era pecador, sem nenhum mérito, incapaz de modificar a mim mesmo, cansado pelo pecado e pelos meus esforços para tentar libertar-me dele. Então respondi ao convite, deixei os meus questionamentos, os “como?”, os “será possível?” e recebi a Cristo, o Filho de Deus, como o meu Salvador!
Não o recebi como um visitante de passagem, mas como o Senhor da minha vida. Entreguei-me a ele de forma definitiva, sem reservas. Então, as palavras de Jesus: “hoje houve salvação nesta casa…” (Lucas 19:9) fizeram sentido para mim também.
O JUSTO PELOS INJUSTOS…
Quando me entreguei ao Salvador, ele me libertou do fardo dos meus pecados e assumiu a
responsabilidade por eles. Na cruz, ele sofreu a dor e as consequências desses pecados. As Escrituras explicam o significado de seus sofrimentos nestes termos:
“Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Isaías 53:5).
“Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus. Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fossemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5:20,21).
Quando paro para pensar sobre este fato grandioso, me vejo como se estivesse diante da cruz onde Jesus foi o meu substituto tomando o meu lugar! Deus, no seu infinito amor, realizou ali uma obra inimaginável.
Uma dupla transferência: De um lado, o meu pecado posto sobre Jesus = ele levou o meu castigo.
De outro, a justiça de Jesus posta sobre mim = eu saio livre!
Conta-se que na Turquia viviam dois irmãos gêmeos. Um deles tornou-se culpado de um crime e estava sendo procurado pela polícia. Na sua fuga, o culpado entrou na casa de seu irmão, roubou as suas roupas, vestiu-se com elas e fugiu. Para salvá-lo, o irmão inocente decidiu vestir as roupas do culpado, deixou-se prender e foi condenado no lugar dele sem dizer uma palavra.
Foi exatamente isso que Jesus fez por mim, de vontade própria. Ele satisfez às exigências da justiça divina, tomando sobre si as minhas culpas para que eu ficasse livre:
“Agora pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8:1).
Pela fé, eu vejo os meus pecados sobre esse Salvador que me amou de tal maneira que deu sua vida por mim. Só posso lançar-me a seus pés para lhe agradecer, para adorá-lo e entregar-lhe todo o meu ser para sempre.
POSSO FAZER A MINHA PARTE?
Creio em Jesus e o amo. Será que não devo fazer a minha parte na expiação dos meus pecados, nem que seja sofrendo um pouco, jejuando ou praticando alguma penitência?
- A Bíblia diz que a única coisa a fazer é reconhecer os pecados e confessá-los ao Salvador que por eles já carregou a culpa; e ele perdoa e purifica. Quanto a ter uma parte, mesmo pequena, na partilha desse castigo, é totalmente impossível. A razão é simples: “… sem derramamento de sangue não há remissão”. (Hebreus 9:22).
- O pecado é tão grave aos olhos de Deus que só o sangue de uma vítima pura, que dá a sua vida no lugar do pecador, o expia. Esse ensino, tão claro no Antigo Testamento, é inteiramente confirmado no Novo por Jesus e pelos apóstolos.
- Jesus disse: “isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados” (Mateus 26:28).
- Paulo disse: “A quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé” (Romanos 3:25).
- Pedro disse: “Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo”. (1 Pedro 1:18-19).
- João disse: “o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1 João 1:7).
A Salvação é obra exclusiva de Deus em Jesus Cristo, sem qualquer adição, por menor que seja, presente ou futura, por parte do homem. Não depende de maneira alguma das minhas obras ou dos meus méritos; ela me é oferecida gratuitamente em virtude do amor de Deus:
“Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com os homens, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou…” (Tito 3:4,5).
“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé: e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8,9).
Assim, a salvação, da parte de Deus, é pela graça. Tem como fonte o seu amor. Da parte do homem, é pela fé. As obras não agregam nada.
MAS, E SE EU NÃO SENTIR NADA?
A fé não depende do meu estado de espírito, das flutuações da minha alma tão inconstante quanto as
nuvens do céu! A fé baseia-se numa rocha imutável: a Palavra de Deus.
Se eu não estou certo da minha salvação, é porque a minha confiança na obra de Cristo é imperfeita: ainda me baseio nos meus próprios pensamentos e não creio inteiramente em Deus…
Mas Jesus disse às suas ovelhas:
“Eu lhes dou a vida eterna, jamais perecerão, eternamente, e ninguém as arrebatará da minha mão” (João 10:28).
“Aquele que crê no Filho de Deus tem em si o testemunho. Aquele que não dá crédito a Deus o faz mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus dá acerca do seu Filho. E o testemunho é este, que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida” (1 João 5: 10-12).
Duvidar é fazer Deus mentiroso!
Será que, em vez de crer, eu ainda quero “sentir” alguma emoção que me diga que os meus pecados estão perdoados? Seria mais uma armadilha do meu coração!
Deus não me pede para confiar nas minhas emoções e sentimentos, ou nos meus julgamentos e
raciocínios, mas apenas em sua Palavra. Deus quer que tenha nele essa confiança, com toda simplicidade; afinal, o que ele diz é infinitamente mais seguro do que tudo o que eu sinto!
Eu lhe entrego o meu passado e sei que é poderoso para cuidar do meu futuro!
Ele se encarrega de mim! No seu amor, demonstrado em Cristo Jesus, está a minha segurança!
AGORA EU SEI QUE TENHO A VIDA ETERNA!
“Estas coisas vos escrevi a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus” (1 João 5:13).
“Filhinhos, eu vos escrevo, porque os vossos pecados são perdoados, por causa do seu nome” (1 João 2: 12).
Os textos acima demonstram que Deus não quer deixar pairar nenhuma dúvida sobre a minha salvação. Muito pelo contrário, ele me dá absoluta clareza a respeito, porque “sei que tenho” o que ele prometeu:
“Estas coisas vos escrevi a fim de saberdes que tendes (não que tereis) a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus”.
João escreve aos “filhinhos” “porque os seus pecados lhes são perdoados”. A certeza do perdão dos
pecados é a primeira certeza que alegra “os filhinhos”, isto é, os que iniciam na fé!
Agora, eu não mais “espero ter”, eu sei que tenho a salvação!
SOU UM DISCÍPULO DE JESUS!
Esta fé viva e autêntica se manifesta pelos frutos que ela dá. Uma árvore sadia produz, em cada primavera, brotos, folhas, flores e depois frutos. É a própria manifestação da vida. É normal que a fé, alimentada pela palavra de Deus, manifeste a nova vida em Cristo.
Estou alegre por pertencer ao Senhor e quero fazer o que lhe agrada. Sei que a presença de Deus em mim vai trazer transformações na minha maneira de viver: desejos, pensamentos, palavreado, hábitos…
Por isso quero me alimentar da Palavra de Deus (ouvir o que ele diz) e orar sempre (falar com ele).
Sei que obedecer ao meu Senhor em todas as coisas é o melhor.
Quero deixar que o amor de Deus seja derramado no meu coração pelo Espírito Santo. Também desejo falar aos outros da certeza da minha salvação, conduzindo-os a esse Salvador que tanto me amou!
“Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos” (João 15:8).
Texto original: E.M.G.
Adaptação: Jean-Daniel Mathez
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