13 de Março

Disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem.

Êxodo 14:15

Era um momento decisivo e crítico para o povo de Israel. O grande plano de Deus acabava de ser posto em ação, dando início ao seu livramento, mas o movimento de reação do inimigo também se iniciava. O inimigo seguia o rastro de Israel e o mar Vermelho lhes barrava o caminho. Mas Deus tinha prometido livrá-los e isso era suficiente.

O povo estava a ponto de cometer o erro mundano que é também o perigo espiritual para todo cristão: por temor, por ignorância das leis espirituais, por negligência às ordens de Deus, Israel permanecia estacionado, orando, clamando a Deus. E o Senhor disse a Moisés: “Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem”.

A lição a tirar daí é esta: a oração é vital, mas há tempo para a oração e tempo para a ação. Quando a oração toma o lugar da ação e da obediência, não cumpre seu fim, a alma cai na acomodação e Deus não responde.

A oração é o ponto de partida, o segredo, a própria respiração do trabalho e da obediência. Quando ela é sã e segundo Deus, o cristão sabe o momento em que deve levantar-se e assumir a responsabilidade de agir.

Será que nós estamos nesse estado? Estamos acomodados, sob o temor das circunstâncias, diante de um obstáculo qualquer? Estamos buscando a vontade de Deus, andamos no plano divino? Nossa vida está em ordem com ele?

O que fazemos neste momento foi ordenado por ele? Tornamos nossa a sua vocação? Suas promessas nos bastam? Então, por que clamar? Vamos marchar! O “mar Vermelho” e o “Jordão” não se abrem diante de nós, senão à medida que formos andando passo a passo. Os muros de Jericó caem diante de nós à medida que obedecemos às ordens dadas. A pesca milagrosa nos é concedida quando lançamos a rede do lado certo do barco. As “mãos aleijadas” recobram seu vigor e seu poder à medida que as estendemos sob a ordem do Senhor. As portas de nossas prisões se abrem em resposta à confissão de fraqueza e à decisão de “marchar”.