1º de Agosto
Grandes multidões o acompanhavam; e ele, voltando-se, lhes disse […]
Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro
para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir?
Lucas 14:25,28
É possível acompanhar a Jesus, sem todavia viver e identificar-se com ele. Podemos dar aos outros a impressão de que o seguimos e nosso coração pode estar longe dele. Só o Senhor, que olha o coração, vê que estamos enganando a nós próprios e aos outros. Jesus sabe quem é verdadeira e inteiramente dele e com quem pode contar.
Tomamos a decisão de trabalhar para ele, mas o seu conselho é que nos assentemos primeiro para refletir sobre as conseqüências desse ato, porque provavelmente não demos seguimento ao impulso inicial. Tivemos um começo cheio de promessas, mas ficamos parados, por causa de “pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs” (v. 26), ou mesmo por causa das exigências do “eu”. Que nunca haja precipitação no campo do serviço de Deus.
Talvez tenhamos dito ou mesmo cantado que queremos combater por Cristo, mas ficamos só nas palavras. Não paramos para examinar se poderíamos realizar o que lhe prometemos em nossos cânticos. Na verdade, parece que não há nenhuma outra área em que nós, cristãos, mintamos tão facilmente como quando cantamos. Ao sair da reunião, “embaixadores” nos esperam para pedir condições de paz e cedemos, para evitar a guerra (v. 32). Precisamos tomar cuidado com esses “embaixadores” que nos fazem depor as armas depois de um bom começo. É o Diabo quem os envia para pedir paz. É a paz dos mortos que nos é oferecida; uma atividade sem lutas, sem oposição, sem fogo, sem vida.
Uma torre inacabada é motivo de zombaria para os homens, assim como um cristão inconseqüente é tema de desprezo para o mundo. Como poderá o mundo crer, se pararmos no meio do caminho e não formos até o fim com o Senhor? Por essa razão, antes de fazer uma promessa, devemos calcular a despesa, e então, em seguida, poderemos tomar nossa cruz para segui-lo, não durante um tempo determinado, mas até o fim!