POSIÇÃO CRISTÃ
1. Autoridade da Escritura e submissão a Deus
Inspirando-se no exemplo de Samá (II Sm 23:11-12) zelamos pelo terreno da Ação Bíblica, terreno adquirido com sofrimento e constituindo uma herança preciosa e também uma posição de força frente à confusão que submergiu a cristandade.
A Ação Bíblica se declara contra as doutrinas que:
- Negam a autoridade absoluta das Escrituras;
- Procedem de uma compreensão errada do Espírito Santo e dos seus dons;
- Não reconhecem nem a base nem a natureza da verdadeira unidade do Corpo de Cristo.
Essa posição é o fruto da fidelidade à mensagem das Sagradas Escrituras, único critério infalível.
O princípio da separação do mundo e do mal encontra-se nas Escrituras. A Igreja não tem nada em comum com o mundo enquanto que tudo em comum com Jesus Cristo. Ouçamos o Senhor na oração sacerdotal:
Jo 17:14-19
O apóstolo Paulo também ensina em II Co 6:14 a 7:1 que não pode haver concordância entre as duas realidades de naturezas diametralmente diferentes e opostas: a Igreja e o mundo.
O cristão não deve se pôr sob um jugo desigual com incrédulos (o jugo da mentalidade do mundo e de seu príncipe, o Diabo). O cristão não tem parte com os infiéis. Os objetivos do mundo e os da Igreja de Jesus Cristo estão voltados em sentidos opostos.
2. Evangelização e defesa da fé
Levando ao mundo a mensagem libertadora da Cruz, a Igreja não somente oferece a todo homem a possibilidade de receber o perdão dos seus pecados, mas também a possibilidade de passar do império de Satanás para o reino de Cristo (I Jo 5:19; At 26:18; Col 1:12-13)
A Igreja é, então, a maior força de contestação contra o regime de Satanás. Pelo poder do Espírito Santo, ela se opõe ao mal, ao erro, às falsificações e seduções. Como poderia ela resistir ao mal se primeiramente não o discernisse, não o condenasse e não se separasse dele doutrinariamente e na prática?
Trata-se de:
- Discernimento dos espíritos mentirosos em I Tes 5:21-22; I Jo 4:1-6 e Col 1:9
- Denúncia de falsos mensageiros de Deus em II Cor 11:1-6,13-15; II Tm 2:14-21
- Condenação dos falsos evangelhos em Gl 1:6-9; Ef 5:8-11; I Tm 5:20
- Separação dos falsos irmãos em I Cor 5:9-13; II Ts 3:6-7, 14-15; II Tm 3:5-6; II Jo 7-11.
3. Benefícios e Limites na colaboração.
No seio do Corpo de Cristo desejamos colaborar com aqueles cuja a doutrina e vida são as mesmas que as nossas em relação aos pontos essenciais. Queremos trabalhar em pleno acordo com cristãos que, apesar de um estilo diferente ou divergências superficiais, são autênticos discípulos de Cristo, enraizados na Escritura Santa e dedicados em manter a honra de Deus.
No entanto, não desejamos colaborar com movimentos dos quais não compartilhamos a doutrina do Espírito Santo e a prática dos dons espirituais, mesmo que reconheçamos que esses movimentos fazem parte do Corpo de Cristo. (p.e pentecostalismo, carismatismo, etc.).
Porém, podemos aceitar participar de encontros onde nos é possível explicar os fundamentos da nossa fé e da nossa posição com toda humildade, mansidão e amor. (II Tm 2:25, 4:2; I Pe 3:15).
Nossa missão consiste, também, reconduzir aos que se afastam da verdade à fé (Tg 5:19-20). Não queremos esquecer que não estamos a salvo de qualquer desvio e que somente a graça de Deus pode nos manter fiéis ( I Cor 10:6-12).
Não podemos nos associar aqueles que propagam falsas doutrinas, entre outros:
- O catolicismo.
- O protestantismo liberal
- O ecumenismo
- A nova era
- As seitas de erro (Mormons, Testemunha de Jeová, Moon, Ciência Cristã, Cientologia, Adventismo, etc.).
- As comunidades legalistas ascéticas.
- As comunidades místicas ou iluministas (Rosa-Cruz, Teosofia, etc.).
- As sociedades humanistas e filantrópicas (Maçonaria, Antroposofia, etc.).
Distinguimos várias possibilidades de relacionamentos:
- Por contato entendemos um encontro ocasional tal como a vida diária o pode provocar.
- Manter um relacionamento supõe um laço, um interesse comum, um objetivo.
- Pode estar presente numa cerimônia ou numa manifestação como ouvinte ou observador.
- A participação é uma presença ativa não oficial.
- O sustento - informação e oração - se dá quando se aprova um objetivo mas não necessariamente os meios, os métodos ou as pessoas responsáveis.
- A colaboração é um compromisso oficial.
- A controvérsia é um debate oral ou escrito, que tem como objetivo colocar em evidência a verdade bíblica.
- Nos seus relacionamentos, as pessoas representativas da Associação devem ficar atentas às implicações da sua função.
Nossos compromissos se estabelecem em vários níveis:
a) No plano individual
Os membros mantêm, na humildade, no amor e na obediência à Palavra, os relacionamentos que julgam úteis ao avanço do Reino de Deus.
Eles zelam, dado o caso, para que suas relações pessoais não venham a ser interpretadas como um compromisso da sua igreja ou da Ação Bíblica em geral e para que não prejudiquem esta sua igreja.
b) No plano das igrejas locais
É da responsabilidade dos líderes da igreja estabelecer um relacionamento digno de Cristo com os representantes das denominações estabelecidas na região. Isso favorece um conhecimento justo da situação local. Os responsáveis avaliam o grau de compromisso possível nos diversos empreendimentos tendo lugar na região.
Os principais critérios para a avaliação são:
O evangelho de Jesus Cristo é anunciado?
Os pontos da doutrina concernente a: a inspiração divina, o novo
nascimento, a recepção do Espírito Santo, os dons espirituais, a santificação, são respeitados?
c) No plano da AB internacional
A unidade de posição implica:
Um desejo comum de fidelidade ao ensino bíblico.
Reconhecimento das correntes contemporâneas.
Uma boa comunicação interna.
O reconhecimento da diversidade das situações locais e nacionais.
O sustento mútuo.
O respeito às decisões tomadas no plano da Associação.
A fé na intervenção fiel e misericordiosa do Senhor Jesus.