Ação Bíblica do Brasil – Direitos Reservados
A Corrida Cristã – H.E. Alexander
Publicação: Action Biblique – La Maison de la Bible
Título original: Courez de maniere à remporter le prix
Tradução: Jacqueline Reichen Rosa
Introdução: Correi de tal maneira que alcanceis o prêmio.
Deus colocou uma separação entre a luz e as trevas, entre Seus filhos resgatados e regenerados e aqueles que não o são. Cabe ao cristão honrar o seu Deus e glorificá-lo diante dos homens, a fim de dar um bom testemunho de Seu Filho, nosso Salvador, e despertar nos corações a necessidade de conhecê-lo e segui-lo.
A vida cristã é uma criação divina: ela deve ser mantida e fortificada por um alimento espiritual. O homem natural alimenta-se daquilo que pertence ao homem decaído. O filho de Deus deseja ardentemente “o leite espiritual e puro” da Palavra divina. Dia a dia busca nela seu alimento, precioso tesouro, o elemento espiritual indispensável à sua vida cristã.
As curtas meditações a seguir foram preparadas para o cristão que deseja avançar e firmar a sua vocação, e para quem está privado da comunhão com outros cristãos. O leitor terá maior proveito se ler em sua Bíblia os textos bíblicos indicados.
CAPÍTULO 1
“…Correi de tal maneira que o alcanceis…” (o prêmio), I Co 9:24.
A vida cristã, esteja certo disso, não é um mero passeio onde nos rodeamos de ilusões, nem uma forma de piedade na qual adormecemos. Ela é uma corrida. Em várias ocasiões, o Espírito Santo inspira o apóstolo Paulo a descrevê-la através de figuras tomadas do esporte grego. Eis um exemplo: “…Igualmente o atleta não é coroado, se não lutar segundo as normas…” II Tm 2:3-5.
“…Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio?” I Co 9:24.
A vida cristã exige esforço, disciplina e consagração absolutos; que isso não o espante. O começo desta corrida é na cruz, onde confuso, humilhado pelo seu pecado, você aceitou Jesus Cristo como seu Salvador. Muitos contentam-se com isso e não continuam adiante. Que não seja assim com você, pois é justamente após esta experiência que acorrida começa! A pista está diante de você, e Deus em Sua sabedoria fará com que você a conheça progressivamente. Os obstáculos devem ser superados, e não contornados; as dificuldades devem ser vencidas, e não evitadas. As provações devem provar sua fidelidade para com seu Chefe divino e não o submergir. As tentações sobrevêm para serem resistidas em seu nome, para que você experimente seu poder e sua fidelidade, e não para que nelas caia (II Co 10:13). Que toda a energia de seu ser se concentre nesta corrida. Corra de modo a alcançar o prêmio! Aqui o Espírito sublinha o modo como devemos correr. A corrida exige respeito às regras, obediência, disciplina e testemunho. O mundo, sua família, seus amigos o observam. Não se deixe deter em sua corrida por causa de um “…prato de lentilhas…” Gn 25:34, por qualquer atração do mundo, pelos amigos ou mesmo pela família (Mc 3:31-35; Hb 12:16-17).
a) Aceite as leis da corrida. Existe um prêmio: uma coroa incorruptível a ser recebida das mãos do próprio Senhor. Assim, consciente do testemunho que lhe é pedido, corra de modo a ganhá-la. O que significa este ato de obediência, de renúncia, este opróbrio que Deus está lhe pedindo agora, quando comparados ao objetivo e ao prêmio da corrida? Corra, tendo a visão do glorioso objetivo que lhe é proposto (Hb 12:1-2; Ap 3:21).
b) O Espírito do presente século o agride, deseja reduzir sua velocidade, fazê-lo cair ou desviá-lo do alvo. Não ceda: olhe para frente, para Jesus que o precedeu nesta corrida, “…O qual em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia…” Hb 12:2. Siga o seu exemplo!
CAPÍTULO 2
“…E os seus braços serão feitos ativos pelas mãos do Poderoso de Jacó…” Gn 49:24.
“…Pois tudo quanto outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito…” Rm 15:4.
“…Estas coisas… foram escritas para advertência nossa…” I Co 10:6-11.
Em sua bondade Deus nos diz que os patriarcas e os profetas eram sujeitos aos mesmos sentimentos que nós (Tg 5:17).
Quanto mais meditarmos sobre suas vidas e nos alimentarmos de suas mensagens, tanto mais nossa santificação e nosso serviço estarão garantidos. Uma lâmpada brilhará aos nossos pés, uma luz em nosso caminho.
A vida cristã não é uma vida fácil, isenta de tentações, lutas e choques com a vida contemporânea. Pelo contrário, tudo parece se unir para tornar mais difícil a sua tarefa diária. Com certeza você já experimentou que com suas próprias forças, fracassa e não consegue encarar as múltiplas tarefas do dia.
Mas eis uma promessa para você: “E os seus braços serão feitos ativos pelas mãos do Poderoso de Jacó”. Esta promessa é feita àquele que o profeta Isaías chama de “vermezinho de Jacó”. Comece por aí; reconheça-se perante Deus como tal, e tudo o que você tem, tudo o que você é, considere-o como um dom de sua graça. Com esta atitude, neste terreno, Deus pode encontrá-lo e quer ajudá-lo.
Se as mãos do Poderoso de Jacó fortificaram as de José, é mais um motivo pelo qual você é chamado a fazer esta experiência abençoada. As suas mãos que trabalham, tão fracas e cansadas, serão fortificadas pelas do seu Salvador todo poderoso, mãos estas que também trabalharam (Mc 6:2,3); que foram pregadas no madeiro; que quebraram as cadeias do túmulo, condenando o diabo e suas obras à impotência; mãos que espalharam o Espírito Santo sobre aqueles que creem, prometendo o seu socorro todo poderoso aos que obedecem a Deus.
Então, para o árduo e monótono trabalho prático, talvez difícil e cansativo, exija o seu direito de primogenitura, como José o fez para si mesmo, em meio aos seus sofrimentos e às suas cadeias, no seu triunfo e no seu reino. Eis o dom atual e permanente que hoje lhe é oferecido: suas mãos tão fracas e falhas serão fortificadas e dirigidas pelo poder divino obtido pela fé. Eis a obra de Deus, seu Pai, que lhe dispensará suas bênçãos tanto espirituais quanto materiais, “…para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior…” Ef 3:16.
CAPÍTULO 3
“Nós…não cessamos de orar por vós, e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual…” Cl 1:9.
“…transbordeis de…conhecimento da sua vontade…” Cl 1:9b. Considerada na escala dos valores espirituais e eternos, esta frase adquire toda a sua importância.
Não se trata apenas de estar decidido a obedecer a Deus, mas de saber qual é esta vontade, a fim de cumpri-la. Frequentemente o filho de Deus que ama o seu Pai Celeste e que deseja fazer a sua vontade fica perplexo diante dessa vontade. No entanto, a Palavra nos fala com clareza, não deixando margem de dúvidas sobre este assunto.
O que Deus quer é a nossa santificação (I Ts 4:3), que nos abstenhamos da concupiscência da carne, do espírito deste mundo e da vontade do diabo (I Jo 2:14-17). Ele quer a salvação dos perdidos e nossa consagração para com essa missão (II Pe 3:9). Mas pode acontecer que durante a corrida, em meio ao combate da fé, não saibamos qual é o caminho da sua vontade e busquemos a decisão a ser tomada. O apóstolo ora pelos colossenses pedindo que eles sejam transbordantes do conhecimento desta vontade, para cumpri-la.
Talvez você esteja nesta mesma situação, você que aceitou a sua vontade (Sl 40:8). Você não vê qual é o próximo passo, nem a direção a seguir, nem a solução ao problema que o preocupa. O seu Salvador o sabe; o seu Sumo Sacerdote roga por você (Jo 17:9). Não precipite coisa alguma, saiba esperar nele; sim esperá-lo. Ele não deixará de mostrar-lhe qual é a sua vontade, dando-lhe sabedoria e inteligência para cumpri-la.
Ele sabe que o mundo está em rebelião contra ele (Ef 2:2). Ele sabe quão poucos daqueles que se chamam cristãos se preocupam em fazer a sua vontade. Ele sabe que o Espírito do presente século e a vontade de Satanás estão unidos contra a vontade divina. Mas ele quer responder à oração do seu coração, que deseja resistir à corrente e viver em comunhão com o Pai Celeste. Ele quer dar este conhecimento de sua vontade que dá segurança a cada passo e que o torna inabalável. “…Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus…” Rm 12:1-2.
CAPÍTULO 4
“…Ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei; se morar nas trevas, o Senhor será a minha luz…” Mq 7:8.
Todo cristão verdadeiro conhece a experiência descrita nesta passagem. As trevas parecem envolvê-lo; um tipo de cansaço, talvez até de depressão, o oprime, sem que ele encontre urna explicação. Neste momento o inimigo, “…acusador dos irmãos…” Ap 12:10, aproveita para acusá-lo, esmagá-lo.
Mas é neste momento que a Palavra é lâmpada para os seus pés e luz para os seus caminhos (Sl 119:105). Apodere-se desta espada do Espírito (Ef 6:17), que é a palavra de Deus, e pronuncie estas palavras inspiradas, proclamando a vida e a autoridade divinas:
“…Eu, porém, olharei para o Senhor; esperarei no Deus da minha salvação: o meu Deus me ouvirá. Ó inimiga minha, não te alegres a meu respeito; ainda que eu tenha caído, levantarme-ei; se morar nas trevas, o Senhor será a minha luz…” Mq 7:7-8.
A noite não pode impedir que o dia chegue; a nuvem em nada modifica o sol. A experiência que você vive não atinge a fidelidade de Deus, e sua vida depende de suas promessas e do seu amor. Ele permite o que lhe acontece para dar-lhe a oportunidade de realmente apoiar-se nele e não em seus sentimentos. Ele quer fortificar a sua fé e lhe dar a ocasião de triunfar através dela.
Ele quer ensinar a manejar a espada do Espírito e a dizer como Miquéias: Ó inimiga minha, não te alegres a meu respeito…” Mq 7:7a.
Você sabe que Jesus Cristo, o seu Senhor, triunfou do inimigo e de suas obras, e que, glorificado, ele dá à sua fé a autoridade que a torna vitoriosa.
Quando em meio às trevas, clame ao seu Senhor para triunfar sobre elas! Vale muito mais do que se confiar na carne, iludir-se com uma vida sem inimigos e sem lutas, numa terrível irrealidade. E você verá os resultados positivos.
Por isso hoje, neste momento, com toda simplicidade, apoie-se naquele que disse:
“…Bem-aventurados os que não viram, e creram…” Jo 20:29.
CAPÍTULO 5
“…Não temas; eu sou o primeiro e o último, e aquele que vive…” Ap 1:17-18.
Estas mesmas palavras foram dirigidas a Isaías, quando presenciava o desmoronamento nacional e religioso de Israel, num tempo em que se aproximavam temíveis e poderosos invasores, que não respeitaram nem Deus nem os homens (Is 44:6). A revelação recebida pelo profeta foi terrível. Leia Isaías 6:1-13. Mas ela foi seguida do socorro de Deus que se revelou como sendo o Primeiro e o Último.
No Apocalipse, o apóstolo João recebe a visão do desmoronamento de todas as coisas, do abalo das potências celestes e terrestres, do desabamento das construções humanas, edificadas e mantidas contra as leis de Deus. É o fim dos tempos da civilização atual.
Mas também nestas circunstâncias, o Senhor se revela como sendo o Primeiro e o Último. Posto à morte, mas ressurreto, ele vem para julgar os homens, após séculos de paciência e de graça divina. Em meio aos trágicos acontecimentos que este livro descreve, ele reconforta os seus. Dele é a primeira e a última palavra; ele é o Alfa e o Ômega. Aquele que está no começo e que será eternamente. Ele não muda. Ele sabe tudo. Ele tudo pode (Ap 1:8-18).
Consciente do desenrolar dos acontecimentos, angustiado frente ao estado do mundo e das almas, discernindo o poder do anticristo, que age em todo lugar, você é tentado a ficar desanimado, desamparado, esmagado? Afaste tais sentimentos! Erga os olhos e olhe para aquele que diz: “Não temas”!
Aprenda a conhecê-lo sob este atributo de Todo Poderoso. É ele quem possui as chaves do inferno e da morte. Não há segredo para ele, assim como não existe poder que não lhe esteja submisso (Hb 1:13, 2:5-9). Deixe-se prender por esta revelação da sua glória, pela presença de seu Espírito Santo em sua vida, pela autoridade de sua Palavra. Ele é o Primeiro e o Último, aquele que vive para você, para que você viva nas atuais circunstâncias.
Coloque-O à prova!
Esteja como João: aos seus pés, vivendo da sua vida e sob a sua divina proteção. Ele é o Primeiro e o Último. Una os seus louvores àqueles de todos os resgatados!
CAPÍTULO 6
“…Na verdade o Senhor está nesse lugar; e eu não o sabia…” Gn: 28:16.
“Eu não o sabia”. Frequentemente esta é a experiência do filho de Deus que deseja segui-lo e servi-lo em verdade! As dificuldades, as provações e também as emboscadas do diabo surgem lá onde o Espírito de vida opera (II Co: 4:8,11).
O caso do patriarca Jacó é uma advertência. A incompreensão quanto aos caminhos de Deus não é pecado. No entanto devemos vigiar para que o Senhor os possa revelar. Não corramos o risco de resistir-lhe quando ele estiver próximo, não deixemos escapar uma bênção escondida sob circunstâncias que não compreendemos imediatamente (Rm 8:28). Ao acordar, Jacó descobriu que o próprio Deus estivera presente naquilo que ele acabava de experimentar. Neste momento, ele compreendeu que Betel significava para ele o céu aberto.
Mesmo vivendo uma experiência difícil e talvez dolorosa, não deixe seu coração se fechar, sua vontade se endurecer por causa daquilo que não compreende (Rm 12:1-2)! Quem sabe Deus não escolheu justamente este meio para se deixar conhecer mais intimamente por você? Mude a sua atitude para com ele e diga-lhe: “…Fala, porque o teu servo ouve…” I Sm 3:8-10. Desperte de seu sono. porque certamente Deus está neste lugar e você nem o sabe. Ele não permitiu que você lhe resista; agora ele revela o que esta provação tinha de incompreensível para você. Ele se revela a você como aquele que o ensina e o santifica. pedindo todo o seu amor e toda a sua confiança. Não é justamente isso que significa “Betel”. Sua presença. Sua moradia? Não será aí o céu aberto sobre a sua vida?
Você alcançou um nível mais elevado, uma comunhão mais perfeita com o Pai Celeste. É ele quem está neste lugar, e você nem o sabia. Ele lhe pede um amor mais completo, uma confiança mais filial, e você os dá de todo o seu coração (I Pe 1:6-7); (II Co 4:17-18).
“…Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram, e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida…” Ap 12:11.
Estas palavras fazem parte de um capítulo de suma importância, repleto de atualidade espiritual e precedendo a descrição que o Espírito Santo nos dá do anticristo, de sua pessoa, de sua obra e de seu reino (Ap 13:1-3).
Estamos às vésperas do cumprimento destes tempos, não há nenhuma dúvida. Todos os sinais precursores estão aí; a atmosfera está repleta deles e a prova disso é o que está acontecendo no mundo e na igreja.
O verdadeiro cristão, que entrega a sua vida a Deus, se une com Cristo, morto, ressuscitado e glorificado; para ele, não é uma simples doutrina ou um clichê, mas sim uma realidade. Este cristão enfrenta um combate espiritual, sente-se ameaçado, cercado de todos os lados. O Senhor revela que os membros ativos do seu corpo espiritual também sofrem o ataque que as potestades das trevas dirigem contra ele próprio (Ef 6:10-12).
Você está consciente que há tensão excessiva, ultrapassando os limites de um mero cansaço físico. Saiba que está escrito que no fim dos tempos o diabo se esforçará em “…fazer guerra contra os santos…” Dn 7:21. O seu esgotamento pode ter uma origem espiritual; reconheça-o, permaneça firme na fé, “…nos lugares celestiais em Cristo Jesus…” Ef 2:6.
Você tem um trabalho a fazer para Deus, uma mensagem a proclamar em seu nome, e você sente uma resistência silenciosa e paralisante na preparação e no cumprimento deste ministério. Lembre-se que os poderes satânicos resistem e se opõem a você.
Este versículo é a chave para sua situação. a arma de combate que lhe assegura uma libertação total e lhe dá um conhecimento mais completo do poder libertador de Cristo glorificado (Ef l:17-23). Convencido pela sua verdade, permanecendo firme neste terreno, abrigado com Cristo em Deus, tome posse da vitória de Cristo e ouse afirmar: “…Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro…” Ap 12:11. Acrescente a isso as palavras de seu testemunho e mantenha a sua vida como um sacrifício vivo para um tal Senhor, uma tal luta e uma tal vitória!
CAPÍTULO 8
“…Nenhum bem sonega aos que andam retamente. Ó Senhor dos exércitos, feliz o homem que em ti confia…” Sl 84:11-12.
Neste salmo 84, Davi faz uma descoberta após a outra. Se os passarinhos têm ninhos, quanto mais Deus proverá às necessidades de sua vida. Os altares do Senhor tornam-se o seu único socorro, seu abrigo; junto deles sente-se à vontade (Sl 84:1-5).
O coração do cristão que faz a mesma experiência perde a rigidez, a dureza, tornando-se “…caminhos aplanados…” Sl. 84:5, através dos quais as almas são conduzidas a Deus. Ele vive do altar, descobrindo nele uma fonte de bênçãos que o fortifica para a caminhada (Sl 84:6-9).
Não é de se espantar que Davi dirija sua oração a Deus, ao Deus de Jacó. Este título é significativo, rico em promessas. Esse Deus é o seu escudo e a sua luz; dele recebe livremente em ondas contínuas “…graça e glória…” Sl 84:11. Então ele diz: “…Nenhum bem sonega aos que andam retamente…” Sl 84:11.
Esta é a primeira condição a ser preenchida, pois nossos corações, enganosos por natureza, não discernem facilmente o que Deus julga ser bom para eles. Mas aquele que anda retamente aceita não fugir da cruz, nem das condições essenciais que a caminhada com Deus exige; ele vive de sua graça e para sua glória; seus atos e seu serviço ignoram qualquer outro motivo oculto. O Senhor então não lhe nega nenhuma das riquezas de seu amor, mas ele “afasta” de sua vida os “bens” que ele sabe lhe serem prejudiciais.
Davi termina o Salmo com este grito de louvor. Ele se dirige ao Senhor dando esse título abençoado e tão cheio de ensinos: “SENHOR dos exércitos”! Pois ele é o Chefe de sua fé, o Chefe e Senhor dos exércitos celestiais (Ap 19:14) que, conforme sua vontade, cumprem seus planos no mundo, e que as Escrituras revelam como estes “…espíritos ministradores enviados para serviço, a favor dos que hão de herdar a salvação…” (Hb 1:14). Ao receber uma tal revelação e uma tal promessa, una seu louvor ao hino de Davi: “…Ó Senhor dos exércitos, feliz o homem que em ti confia…” Sl 84:12.
CAPÍTULO 9
“…Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais de novo a jugo de escravidão…” (Gl 5:11).
A cruz e a ressurreição de Cristo dão àquele que crê o perdão dos pecados, a justificação pela fé, a paz com Deus (Rm 4:23; 5:11), e também a libertação da escravidão da carne, do mundo e do diabo. A carne, é o poder do mal que está em nós; o mundo, é este poder terrível que se manifesta ao nosso redor; o diabo é Satanás e seus espíritos malignos que nos cercam por todos os lados e enchem a atmosfera (Ef 2:2, 6:12). Tudo isto está contra nós.
É bom conhecermos nosso adversário e sabermos o que Cristo fez para vencê-lo e dele nos libertar. Cristo julgou o mundo (Jo 12:31); ele venceu o diabo (Hb 2:14-15), e “…crucificou a carne com as suas paixões e concupiscências…” Gl 5:24.
“…Está consumado…” Jo 19:30, e perfeitamente consumado. Não há um desejo, uma dependência da carne que Cristo não tenha crucificado (Gl 5:24). Não há uma obra, um demônio, um poder de Satanás que Cristo não tenha vencido (Cl 2:15; I Jo 3:8). A prova disso é a ressurreição de Cristo, o selo que o Espírito Santo coloca em seu coração (Ef 1:13).
Fortificado por este fato glorioso, munido de tais promessas, permaneça firme nesta liberdade que Cristo lhe deu.
No momento da tentação, afirme a vitória total de seu Senhor ressurreto: permaneça firmemente ligado a ele. Foi ele quem conquistou esta vitória perfeita, e que a transmite a você por meio de seu Espírito, segundo suas necessidades: “…Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito…” Gl 5:25. É o Espírito Santo que nos dá os frutos da vitória de Cristo. Assim, vivendo para o seu Salvador, você experimenta realmente o que significam a sua cruz e a sua ressurreição.
O apóstolo Paulo nos diz que o mesmo acontece quanto à sabedoria e aos rudimentos do mundo, à tradição dos homens e à filosofia, que seduzem os espíritos, tornando-os escravos (Cl 2:8-15). Cristo o liberta de tudo isso; ele ressuscitou e desde então você é livre.
CAPÍTULO 10
“…Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus…” Is 40:3.
O ministério de João Batista foi um dos mais ingratos e impopulares da Bíblia, mas também um dos mais importantes.
Ele foi o maior de todos os profetas, e o precursor de nosso Senhor (Mt 11:11-15).
Pouco importa o que pensem os homens! O que Deus pensa, isto sim deve orientar os pensamentos dos seus filhos. O que as pessoas veem tem pouca importância comparado ao que nosso Pai Celeste vê, e ele vê todas as coisas. A sua vida se desenrola em condições modestas, humildes e escondidas? Seu Pai Celeste o vê. Ele sabe tudo. Certos filhos de Deus parecem ter um lugar de destaque, uma vida brilhante, invejada pelos outros? Tenha compaixão deles, ore por eles: pois correm grande perigo.
E você que está na escuridão, na solidão, parece-lhe que ninguém dá valor à sua vida? Mas se você estiver dentro dos planos de Deus para a sua vida, na sua vontade, fazendo aquilo que o agrada, você tem um privilégio exclusivo: no deserto, você prepara um caminho para o Senhor; nos lugares áridos, você traça um caminho para o seu Deus. Deus precisa de vidas que conheçam a solidão, “os lugares áridos”, tendo somente ele como Companheiro de caminhada e como Apoio. É através destas vidas que ele abre um caminho, um caminho até a alma dos homens.
Não tema a aridez de sua vida se a razão disso for a fidelidade ao seu nome. Não fuja desta solidão a ser suportada por causa dele. Ela é o segredo de sua comunhão com Deus e de uma vida abençoada. É nesta comunhão que, com ternura e riqueza, Deus transmite a sua vida.
Foi nesta solidão que Deus preparou o maior acontecimento da história mundial: a vinda de seu Filho e tudo o que decorreu deste fato. De igual modo, ele precisa de vidas que conheçam a solidão, o deserto e os lugares áridos, para preparar a segunda vinda de seu Filho. Que consolo para seu coração possuir esta certeza e esta comunhão! (Is 40:1-11). Saiba que você também é chamado a ser “uma voz que clama no deserto”, que proclama a gloriosa mensagem da salvação. Eis a sua vocação.
CAPÍTULO 11
“…Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus…” I Co 6:20 (Edição Revista e Corrigida).
O apóstolo exorta os coríntios a serem santos em meio à corrupção e idolatria. Ele os chama a viver o nome de cristão, dando testemunho do Evangelho de Deus.
Para que pudessem viver vitoriosamente, Deus havia colocado ao seu dispor, como o faz para nós hoje, uma provisão maravilhosa da sua graça. Ele lhes dissera: “…Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele…” I Co 6:17, e também: “…Acaso não sabeis que o vosso corpo é o santuário do Espírito Santo que está em vós, O qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?” I Co 6:19.
Leia atentamente Efésios 1:19-21. Que ajuda! Que segurança bendita é saber que somos um mesmo espírito com aquele que venceu, e que colocou todas as coisas debaixo de seus pés, em saber que somos o templo do Espírito Santo, que traz para nossas vidas todas as riquezas de sua graça e de sua glória! Que reconforto estar seguros de que pertencemos àquele que nos comprou por um tão grande preço! Não nos pertencemos mais, mas pertencemos inteiramente a Cristo. Este fato é a pedra de toque de nossa santificação e do nosso serviço aqui na terra.
Deus nos põe à prova no que se refere a nossa consagração. Encontramos a incompreensão, a oposição daqueles que têm somente a forma de piedade, e que, no mundo, na igreja ou na família, levam o nome de Cristo, sem, no entanto, vivê-lo. A partir do momento em que desejamos pertencer inteiramente a Deus, glorificá-lo em todos os aspectos de nossa vida, as críticas e os sofrimentos começam; às vezes cria-se até um vazio ao nosso redor! Esta decisão não nos leva a caminhos facilitados, é algo que vai contra os desejos da carne, porém o Senhor dá a força para manter-se na obediência e na perseverança. (Is 40:3).
Pense no “grande preço” pago para o seu resgate; siga as pisadas de seu Senhor, não ceda, e hoje mesmo glorifique a Deus no seu corpo e no seu espírito, que lhe pertencem.
CAPÍTULO 12
“…Faz forte ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor…” Is 40:29.
Este capítulo começa anunciando a consolação de Deus ao Seu povo que passou pela provação. Ele se dirige ao coração deste povo (Is 40:1-2), ele engrandece o Senhor, elevando-o acima de todos os seus adversários, sejam eles contra seu povo ou contra seus planos. O profeta vê o povo enfraquecido, desamparado e afligido por grandes tribulações, mas ele lhe anuncia o livramento.
No versículo 27, Isaías apresenta uma pergunta que atinge a raiz do estado não confessado de muitos cristãos fiéis que seguem e servem a Deus em toda verdade; aqueles que não tentaram fugir nem do combate nem das responsabilidades que são inseparáveis de seus privilégios espirituais. Mas eles não confiaram suficientemente nos recursos do Senhor e estão desgastados pela luta.
Nestes corações cambaleantes, cansados e abatidos, onde a dúvida já fez a sua obra, surge uma pergunta. O Senhor a conhece e a exprime nestes termos: “…Porque, pois, dizes, ó Jacó, e falas, ó Israel, o meu caminho está encoberto ao Senhor, e o meu direito passa desapercebido ao meu Deus?” Is 40:27. Não é justamente o seu caso, filho de Deus? Se você ainda não formulou esta pergunta. não estará ela em seu coração? Pare de raciocinar assim. pare de olhar para si mesmo, pare de se esquecer de Deus!
“…Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga? Não se pode esquadrinhar o seu entendimento…” Is 40:28. Aquele que existe desde toda eternidade, que não conhece nenhuma limitação. Aquele que é o Criador de todas as coisas encontra-se agora a sua disposição. Se você está cansado. Ele está presente para lhe dar forças. Ele vai aumentar o seu vigor, se física e espiritualmente você estiver enfraquecido. Retire então desta fonte divina, eterna e criadora, tudo aquilo que necessitar.
Coloque-o à prova hoje. Pois está escrito: “…Os que esperam no Senhor…” – no Deus das promessas – “…renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam…” Is 40:31.
CAPÍTULO 13
“…Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel…” Hb 10:23.
A vida cristã é a continuação daquilo que o próprio Senhor começou e do que a igreja primitiva deu um vivo testemunho.
O fato de a igreja ter-se afastado tanto deste exemplo, substituindo-o por uma outra vida e uma outra inspiração, não altera o modelo que, aliás, continua sendo o único aceito por Deus. Cabe a nós continuar o que Jesus começou (At 1:1), e o que os discípulos da igreja primitiva viveram. Este caminho significa uma corrida árdua, uma luta até à morte, um testemunho que resiste à correnteza e suscita todo tipo de oposição. O mundo, a carne e o diabo estão contra você. Hoje mesmo, você vai participar desse combate, mas o seu testemunho cristão deve permanecer íntegro. Não estranhe as dificuldades que lhe sobrevêm (I Pe 4:12), mas vigie para permanecer firme no campo das instruções do Novo Testamento.
Sua esperança, fruto de sua fé, é um tesouro pelo qual vale a pena sofrer. Ela é um poder que o inimigo teme, que o mundo cobiça e que a carne odeia. Ela lhe pertence, segure-a, pois, com a firmeza que Deus cria e dá. Não ceda, não vacile, não tema. A sua esperança está no próprio Senhor, no que ele é, no que ele diz, no que ele dá, tanto no passado, quanto no presente e também no futuro.
É por esta razão que as lutas, as tentações e as dificuldades não diminuem a sua alegria, nem abalam a sua fé. Não deixe de olhar para aquele que é fiel, que não pode negar-se a si mesmo.
Aquele que Cristo resgatou ninguém pode arrebatar de sua mão. O que ele começou em sua vida, ele quer completar. Ele é o modelo: uma vida de submissão à vontade de seu Pai. Que honra para você! Seja digno disso!
Face às dificuldades, incompreensões e oposições dos homens, apesar das lutas e provações, guarde firmemente a certeza de sua gloriosa esperança, e saiba que ao seu lado está aquele que “…é fiel e que também o fará…” 1 Ts 5:24.
CAPÍTULO 14
“…Guiarei os cegos por um caminho que não conhecem, fá-los-ei andar por veredas desconhecidas; tornarei as trevas em luz perante eles, e os caminhos escabrosos, planos. Estas cousas lhes farei, e jamais os desampararei…” Is 42:16.
Este capítulo 42 do profeta Isaías começa assim: “…Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz…” Is 42:1. Trata-se do Messias que, apesar de ser Deus bendito eternamente, Filho de Davi, Filho da promessa, veio ao mundo como servo. O evangelho segundo Marcos o revela como tal. Mas o mesmo evangelho nos mostra que para todos aqueles que o Mestre chamou ao seu serviço, e que querem segui-lo, há somente um caminho: aquele que Cristo tratou para eles (I Pe 2:21-22). Aqueles que por amor aceitam estas condições, sabem que as promessas de Deus “…são sim e amém, em Cristo…” II Co 1:20.
Não fique espantado se em sua vida cotidiana você experimentar que o discípulo não é maior do que o Mestre. O caminho é estreito, as condições rigorosas, as dificuldades grandes. Lembre-se, porém, destes dois nomes: “…meu servo…meu escolhido…” Is 42:1. Como ele, inteiramente submisso à vontade do Pai, você faz as coisas que o agradam, (Jo 8:29). Como ele, você recebe tudo do Pai, e tudo faz para ele. Você se encontra numa situação difícil, para a qual você não vê solução?
“…Guiarei os cegos por um caminho que não conhecem, fá-los-ei andar por veredas desconhecidas… ” Is 42:16.
O mais importante nestas duas frases é o EU. Ele sabe tudo. O futuro é desconhecido para você, mas não para ele. Hoje ele quer a sua fé e o seu amor. Ele quer dar descanso ao seu coração a fim de que você possa deixar o seu futuro em suas mãos. Ele o conduzirá segundo o plano que ele tem para a sua vida e o seu perfeito amor por você.
Mas o que acontece com estas trevas, esta escuridão que parece envolvê-lo e assustá-lo? Eis o que ele diz: “…tornarei as trevas em luz perante eles…” Is 42:16. Quanto ao que parece errado, talvez estragado, ele saberá corrigir. Nada lhe é impossível, porém ele pede dos seus filhos, dos seus escolhidos, esta fé e obediência filial para que possa agir, fazendo-os ver sua bondade e sua glória, dando-lhes infinitamente mais do que tudo quanto podem pedir ou pensar (Ef 3:20).
CAPÍTULO 15
“…O meu justo viverá pela fé, e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma…” Hb 10:38.
Esta passagem cita o profeta Habacuque que descreve os últimos tempos em meio ao transbordamento de iniquidades. Deus tem a sua sentinela que, tomada pela visão daquilo que vai acontecer, e daquele que vem, permanece em seu posto, contra tudo e contra todos. O Senhor o chama “meu justo”, termo que fala de retidão e de possessão paterna. Ele assim o descreve: vivendo pela fé, resistindo à correnteza, fazendo a vontade de Deus apesar da impopularidade e hostilidade que o seu testemunho provoca, e da aflição que consequentemente ele experimenta (Hc 1:1-4).
Neste versículo de Hb 10:38, o apóstolo descreve uma situação e circunstâncias semelhantes, que requerem a mesma consagração, o mesmo nível espiritual, a mesma vida de renúncia, de coragem, de ação e devoção.
Para ser chamado de “meu justo”, é necessário primeiramente ser justificado pela fé, possuidor da salvação pela graça em Jesus Cristo; é preciso ter tomado a decisão fundamental de levar o seu nome dignamente, de viver como sendo daqueles cujo nome está escrito nos céus. “meu justo”! Eis como o Senhor trata o seu filho que aceita enfrentar circunstâncias difíceis e segui-lo a qualquer preço. Trata-se do cristão recusando-se a tolerar aquilo que não é reto, e que condena o que não é justo, nem honesto, mesmo que seja na igreja.
“Ele viverá pela fé”. Trata-se de uma vida vivida no Espírito, em comunhão com o Senhor glorificado, uma vida na qual a vida divina se manifesta com abundância. Ao contrário do que alguns pretendem, a fé não é um ato da vontade humana; também não é uma atitude passiva, intelectual, como se diz. A fé é uma vida de comunhão, uma caminhada com Deus, uma ação a seu serviço, “…O meu justo viverá pela fé…” Hb 10:38, a fé que é a “…certeza cousas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem…” Hb 11:1. A fé apodera-se do que Deus é, do que Ele tem e do que Ele faz. Que vocação, que privilégio e que responsabilidade!
É por isso que aquele que se retira, que fraqueja, que olha para trás ou para o lado desagrada àquele que o chamou e que tem um tão grande plano de amor para a sua vida!
Sentinela! Permaneça fiel em seu posto! Que nada embace sua visão! “…O meu justo…” Hb 10:38…viva, avance e triunfe pela fé!
CAPÍTULO 16
“…Bendigo o Senhor, que me aconselha…” Sl 16:7.
Frequentemente os crentes pensam que não precisam de conselhos! As grandes e preciosas promessas estão realmente em suas Bíblias, mas eles não as experimentaram em suas vidas. Também estão em suas Bíblias as experiências vividas por aqueles que foram inspirados a escrevê-las para o nosso ensino e consolação (I Co 10:11), mas eles desconhecem a sua realidade. Eles pensam que podem guiar-se sozinhos…
Neste Salmo, Davi louva o Senhor após ter passado por águas turbulentas, e ter experimentado a sua intervenção assim como as suas ricas bênçãos e ensinamentos. Este hino é uma revelação do caminho de vida e ressurreição que se abriu diante dele após a sua provação. Ele estava diante de uma muralha de obstáculos, rodeado de dificuldades; mas o Senhor que vigiava o escutou, e deu-lhe o conselho que ele precisava. A experiência, por mais dolorosa que tivesse sido, transformou-se em bênção; uma nova etapa de sua caminhada com Deus se abre agora diante dele. Em Pentecostes, o Espírito Santo inspirou os apóstolos a citarem este testemunho de Davi Como sendo a própria expressão da vida do Espírito e do poder da ressurreição (At 2:25-28).
E você, filho de Deus, está rodeado de dificuldades, perplexidades e provações? Seu caminho é obscuro? Deus procura despertar a sua fé, que é muito mais preciosa para ele do que o ouro perecível (1 Pe 1:7). Ele quer contar com todo o amor do seu coração, a fim de se dar ainda mais totalmente a você.
Não faça nada antes que ele lhe tenha mostrado o seu caminho. Saiba esperar na oração e na submissão filial. Não precipite coisa alguma e não se deixe dominar nem pelo temor nem pelos raciocínios da sua própria sabedoria. Ele tem meios tão simples para nos fazer conhecer o seu caminho, para nos comunicar os seus conselhos! Como o maná eles vêm com o orvalho (Ex 16:13-14). Deus fala a você através de sua Palavra.
Você bendirá o Senhor por ter-lhe dado o seu conselho, por ter-se colocado diante dele, desejando fazer a Sua vontade, tendo como objetivo a sua glória. Esse “conselho” abre a porta do caminho da vida, e apesar de estar rodeado de inimigos e de circunstâncias adversas. “…Na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra delícias perpetuamente…” Sl 16:11.
CAPÍTULO 17
“…Vede, não vos assusteis…” Mt 24:6.
Ao longo da Bíblia, escutamos a voz do Pai exortando os Seus filhos a terem coragem, advertindo-os a não deixar o temor entrar em seus corações. Estes verdadeiros cristãos sabem que eles vivem num mundo de rebelião (Ef 2:2), cujo deus é o próprio diabo (II Co 4:4).
Na sua fidelidade para com eles, e para fortificá-los, Deus permite as lutas, os choques, as correntezas contrárias, que se unem para perturbá-los e colocá-los fora de combate. Ao semear a desordem, o inimigo atingiu seu objetivo.
“…Vede, não vos assusteis…” Mt 24:6. O temor começa no coração que se torna o campo de batalha,
o terreno estratégico de Satanás; e, no entanto, o coração dos filhos de Deus é o santuário onde o Senhor estabelece a sua morada e ergue o seu trono.
Quando há guerra, rumores de guerra, transtornos, “vede, não vos assusteis”, mas que seu coração não permaneça negligente. Deus precisa dos seus filhos para confortar os homens, para espalhar ao seu redor esta paz que ultrapassa todo entendimento, este repouso do espírito, que permite enfrentar as circunstâncias atemorizantes e desgastantes da vida.
A sua vida está hoje cercada de dificuldades e problemas? “…Vede, não vos assusteis…” Mt 24:6! O futuro é sombrio, incerto, cheio de riscos?
“…Vede, não vos assusteis…” Mt 24:6. E como é possível obter esta paz? A sua vida não está inseparavelmente ligada àquele que o salvou, e que fez de você o seu filho resgatado, bem-amado? “…Porque aquele que tocar em vós toca na menina dos seus olhos…” (Zc 2:8). “…Eu lhes dou a vida eterna e ninguém as arrebatará da minha mão…” Jo 10:28. O seu coração não tornou pela graça de Deus o santuário onde mora o Senhor? (1 Co 6:19). Não é você um só espírito com ele, assentado nos lugares celestiais? (1 Co 6:17; Ef 2:6).
Possuidor do direito de primogenitura e de tais promessas, por que se deixar invadir pelo temor e pela dúvida?
Fortificado por estas promessas e por esta ordem de avançar, enfrente as dificuldades e, “…Vede, não vos assusteis…” Mt 24:6.
“…Estas cousas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo…” Jo 16:33.
CAPÍTULO 18
“…O amado do Senhor habitará seguro com ele: todo o dia o Senhor o protegerá, e ele descansará nos seus braços…” Dt 33:12.
Esta promessa não é dirigida somente ao patriarca, mas também àqueles que andam na vontade de Deus, que a cumprem com fé e submissão filial. “…Porque quantas são as promessas de Deus tantas têm nele o sim; porquanto também por ele é o amém…” II Co 1:20.
Muitos crentes, no decorrer dos séculos, já experimentaram esta promessa. Ela é também para você, filho de Deus, que enfrenta dificuldades, provações e tentações.
Mas é bom lembrar-se a quem essa promessa foi feita em primeiro lugar. Em Gênesis 49:27 vemos a personalidade de Benjamim. Com certeza não havia nele nada de agradável, de amável ou de louvável, já que ele é comparado a um lobo devorador a procura de sua vítima. Não é de se espantar que sua mãe, ao morrer, tenha lhe dado o nome de “…Benoni…” Gn 35:18, filho da minha dor, nome que, pela fé, seu pai mudou para “filho da minha destra”.
Para conhecer as riquezas da sua graça e compreender as suas promessas, viver e triunfar por elas, não nos esqueçamos do que somos por natureza: mortos nos nossos delitos e pecados, vivendo segundo o curso e as paixões deste mundo, seguindo a vontade dos nossos pensamentos (Ef 2:1-3). Mas a graça interveio, Deus nos salvou e nos fez seus filhos, herdeiros de suas promessas, participantes desta vida de íntima comunhão com o seu Filho Jesus.
Ele conhece seu caminho com os seus perigos, suas provações, suas tentações e suas lutas. Mas se você lhe pertence inteiramente, e se não existe em você um terreno propício à desobediência, ele o chamará de: “…O amado do Senhor…” Dt 33:12. Você habitará seguro com ele na fenda do rochedo (Êx 33:21-22). Ele o cobrirá todos os dias, como a coluna de nuvem e de fogo abrigava Israel no deserto.
Perto dele você está seguro. Em Cristo, a proteção divina lhe está assegurada.
CAPÍTULO 19
“…Abençoou… acerca de cousas que ainda estavam para vir…” Hb 11:20.
Na Epístola aos Hebreus, capítulo 11, o Espírito Santo nos apresenta uma relação de fiéis servos de Deus que, através dos tempos, triunfaram pela fé em vista das coisas que Deus preparava para o futuro.
Em nossos dias, a vida é organizada de tal modo que ficamos presos na engrenagem dos negócios deste mundo. O espírito mau deste século (Gl 1:4), é sutil e poderoso. Nossos corações tendem a se adormecer e a se deixar influenciar e seduzir pelas coisas do mundo. O filho de Deus perde muito rapidamente a visão e a esperança das coisas espirituais e eternas (II Co 4:17-18), ou então cai numa passividade que ele chama de “fé”. No entanto a fé é a “…certeza das cousas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem…” Hb 11:1.
Abel sabia disso quando ofereceu um sacrifício agradável a Deus, o que despertou a ira de seu irmão. Enoque e Noé não se detiveram apesar da correnteza contrária e das zombarias de sua geração, a qual estava sendo levada para o julgamento do dilúvio. Eles andaram com Deus, servindo-o, em vista da gloriosa herança que os esperava (Hb 11:5-7). Abraão viveu e venceu apesar de todas as provações. Fiel ao seu Deus, cheio de fé, viveu na esperança daquilo que Deus lhe prometera. Isaque abençoou os seus filhos em vista das coisas a vir. Josué deu ordens pensando no futuro glorioso prometido aos filhos de Israel. Do mesmo modo, Moisés obedeceu, preferindo o opróbrio de Cristo a tudo o que o Egito podia lhe oferecer. “…Antes permaneceu firme como quem vê aquele que é invisível…”, Hb 11:27.
E você, filho de Deus, possuidor de tão grandes e maravilhosas promessas, fuja da corrupção deste mundo (II Pe 1:4). Diante dos ataques do diabo, permaneça firme (Ef 6:10-12), glorie-se na esperança da glória de Deus (Rm 5:1-5). Você é abençoado por Deus em vista da glória que será manifestada quando ele vier (I Pe 5:1). Nesta expectativa, Ele quer que você seja uma bênção. Abençoado por ele em vista das cousas que estão para vir, você vai ser usado por ele no meio das cousas presentes para a salvação dos seus semelhantes. Em sua bondade, ele lhe mostrará obras maiores.
Há sempre um amanhã de vitória e de luz para aquele que anda com Deus e vive em comunhão com o Ressuscitado. Você faz parte desta posteridade, abençoada por Cristo em vista das cousas que ainda estão para acontecer.
CAPÍTULO 20
“…Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus…” Hb 12:2.
Qual é a direção do seu olhar neste momento? Para o seu Senhor ou para outra coisa? Pedro andando sobre o lago, ao olhar as ondas, começou a afundar. Mais tarde ele lançou o seu olhar sobre os inimigos do Senhor e acabou negando a Jesus. Ao considerar as inúmeras tarefas que tinha a fazer, Marta ficou inquieta e agitada. Maria, por sua vez, deixou-se vencer pelo luto e pela tristeza, perdendo de vista o Ressuscitado (Jo 11:32-37).
O seu trabalho foi-lhe dado por ele, mas não o deve absorver completamente. Não perca de vista Àquele que o deu a você! Nosso olhar se desvia tão facilmente do nosso Chefe, que também é o Consumador da nossa fé.
Aquele que criou e que faz crescer nossa fé quer continuar em nós esta obra bendita. Mas para isso ele precisa de seu olhar, de sua obediência, de seu coração inteiro. Senão, como você poderá enfrentar os ventos e as ondas que somente a ele obedecem? Como você vencerá a maldade de Satanás, os inimigos e as potestades que somente ele venceu na cruz? (Cl. 2:15).
Aqui o apóstolo se dirige aos que sofrem por causa da fé, e que perdem tudo (Hb 10:32-35), mas que sabem onde encontrar o descanso para o espírito e a vitória, pois têm um Sumo Sacerdote assentado à destra de Deus. Ele os faz lembrar desta grande nuvem de testemunhas que os rodeia. Elas terminaram sua carreira, combateram o bom combate da fé, e após terem vencido, receberam a coroa da justiça que também nos está reservada (II Tm 4:6-8). Que fonte de inspiração é este pensamento!
Antes de tudo, porém, olhe para Jesus. Ele é o seu Precursor, desde a sua infância, como Filho de carpinteiro, depois como homem amigo dos pecadores. “…Em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus…” Hb 12:2-3. É lá que ele se encontra atualmente, intercedendo em seu favor, para que você conheça todas as bênçãos do seu triunfo redentor.
Por que então hesitar e tremer? Olhe para Jesus, aquele que concebeu e criou a sua fé. Ele a está formando através da pressão dos acontecimentos, das provações e das dificuldades da vida. Olhe para ele. Tome posse daquilo que ele lhe oferece e lembre-se de que “…para Deus não haverá impossíveis…” Lc 1:37.
CAPÍTULO 21
“…Muito mais o sangue de Cristo que, pelo Espírito eterno a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas para servirmos ao Deus vivo…” Hb 9:14.
Nesta maravilhosa epístola, o Senhor se dirige aos seus filhos que, como outrora Israel no deserto, são chamados a encarar de frente os perigos e as tentações da vida cristã, (Rm 15:4; I Co 10:6-11). Todavia a revelação central desta epístola é o fato de que nós temos um Sumo Sacerdote que, após ter feito a purificação de nossos pecados, sentou-se à direita da Majestade divina nos lugares celestiais (Hb 1:1-3). De lá, em toda a plenitude de seu amor e de seu poder, ele santifica e socorre os seus em suas vidas e no seu testemunho aqui na terra (Hb 2: 14-18; 4: 14-16).
Sua obra redentora que é a base da nova aliança, só tem plena eficácia no coração dos cristãos, pelo dom do seu Espírito Santo. O seu sangue precioso e a vitória que ele obteve na cruz tornam-se o penhor da fé: “…Tudo é vosso, e vós de Cristo, e Cristo de Deus…” I Co 3:23.
E eis o que preenche perfeitamente suas necessidades atuais: O sangue de Cristo é muito mais eficaz, e permanente no seu valor e poder libertador do que os sacrifícios da antiga aliança, que o prefiguravam. As coisas ruins que você vê e ouve sujam seu espírito e seu pensamento. Isto deve ser imediatamente confessado para ser limpo pelo sangue de Cristo. Há um só livramento para esta obra das trevas que age em você, quer seja ela um hábito hereditário ou o resultado de um contato com o ocultismo: este mesmo precioso sangue de Cristo cujo valor e autoridade são incontestáveis. Contra este poder de morte que paralisa seu espírito, que envolve sua alma e que afeta até o seu corpo, há um livramento seguro e imediato: O sangue de Cristo.
Receba a sua herança, peça livramento, suplique ao seu sumo sacerdote cujo sacrifício satisfaz plenamente suas necessidades de crente. Que o Espírito Santo engrandeça o sangue de Cristo! Que hoje ele lhe conceda poder e vida abundantes!
CAPÍTULO 22
“…E aquele que me enviou está comigo, não me deixou só, porque eu faço sempre o que lhe agrada…” Jo 8:29.
O aspecto mais solene de toda a vida do nosso Senhor, por estar intimamente ligado à sua obra redentora, é o da sua perfeita e voluntária submissão ao seu Pai Celeste. Antes de vir ao mundo. Ele já havia tomado esta decisão: “…Não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado. Então eu disse: eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade…” Hb 10:6-7.
Ele se submeteu voluntária e inteiramente a esta vontade, em virtude da qual somos santificados (Hb 10:10). Toda a Sua vida terrestre é um testemunho deste princípio divino: “…Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que viu fazer o Pai, porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz. Porque o Pai ama o Filho, e lhe mostra tudo o que faz…” Jo 5:19-20.
A introdução da Epístola aos Hebreus nos diz que Deus, nestes últimos tempos, nos falou pelo Filho. Após ter feito purificação dos nossos pecados, Jesus assentou-se à destra da Majestade divina, como Sumo Sacerdote, a fim de nos inspirar, de nos comunicar aqui neste mundo a mesma vida de submissão à sua vontade.
O mundo é rebelde, o coração humano é rebelde. No mesmo lugar onde se professa o seu nome, há tantas coisas, tantas situações que são exatamente o oposto de sua vontade; o espírito do século presente penetra em tudo e em todo lugar. Em meio a estas circunstâncias, o filho de Deus é chamado a viver e a seguir o exemplo de Jesus. Esta vida começa na cruz, ela é inspirada pela presença do Espírito Santo em nós, ensinando-nos a obedecer à vontade do Pai que é “…boa, agradável e perfeita…” Rm 12:1-2.
Filho de Deus, seja franco, decidido e íntegro. Aprenda a obedecer àquele que é “…manso e humilde de coração…” Mt 11:29, mesmo no sofrimento (Hb 5:8). Esta é a vida verdadeira e infinitamente abençoada; ela decorre desta íntima comunhão com o Pai que nos envia assim como enviou o Filho (Jo 20:21). Persevere, mesmo quando isto lhe custar perdas e opróbrio em relação aos homens. “…Ele não te deixará só…” Dt 31:8.
CAPÍTULO 23
“…Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo…” Ap 3:20.
Nesta maravilhosa mensagem do Filho de Deus dirigida à sua igreja, encontra-se também um apelo para aquele que ainda não conhece o Salvador. Mas esta mensagem é dirigida em primeiro lugar aos seus filhos que vivem a última fase da história da igreja na terra. Com amor, ele mostra a cada um, os perigos da vaidade e da própria justiça que adormecem a consciência e fecham o coração às advertências de sua Palavra. (Ap 3:14-22).
Tudo o que é oferecido neste convite é precedido por esta advertência: “…Eu repreendo, disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso, e arrepende-te…” Ap 3:19. Portanto, a promessa que se segue é para aqueles que se deixam advertir sobre o perigo e que saem vitoriosos. Deixe-se repreender, convencer-se de seu mornidão ou de seu pecado! Tenha o zelo e o arrependimento que permitirão ao Senhor libertá-lo!
Nesta carta, que é a última mensagem do Senhor à sua igreja. Ele se apresenta como o “Amém” que pronuncia o seu “Amém” a respeito de tudo o que ele disse na sua Palavra escrita. Peça-lhe a graça de escutar a sua voz e de compreender o que ela diz. Confesse-lhe o perigo de pensar que você é “rico”, que você está satisfeito com seu estado espiritual, com sua vida religiosa (Ap 3:17).
Escute a sua voz que o chama. Abra o seu coração e deixe entrar o Filho de Deus glorificado. Ele vem para “cear” com você, e você com ele. Existe, portanto, reciprocidade. Ele quer partilhar com você o prazer contínuo desta “ceia da meia-noite”. Ele lhe revelará os seus pensamentos, comunicará as suas riquezas incompreensíveis. Ele transformará a sua vida e o tornará vencedor, como ele o diz aqui.
Seja, então, um destes vencedores da última hora, a cada dia, no seu trabalho, em casa, em meio à angústia do mundo. Ele está à sua porta. Ele lhe pede este ato. Deixe-o entrar. Creia em tudo o que ele lhe diz; tome posse do que ele lhe dá.
CAPÍTULO 24
“…Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo…” Ef 6:10-11.
A Epístola aos Efésios nos conduz às alturas da obra e da graça de Deus – a saber, à sua destra, nos lugares celestiais. Ela também nos indica claramente quais são os inimigos espirituais do filho de Deus.
O que não podia ser revelado antes que o próprio Senhor fosse glorificado (Ef 3:9; Jo 16:13) agora lhe é oferecido. Consequentemente, o crente que não vive conforme àquilo que Cristo conquistou não tem desculpa alguma.
Os “lugares celestiais” correspondem ao que, para Israel, era a terra prometida, Canaã, onde corria leite e mel, mas que era habitado por inimigos e gigantes. Através da morte e da ressurreição de Cristo, o cristão entra no país das promessas de Deus. Mas também passa a conhecer a guerra que lhe é declarada pelas potestades, autoridades, pelos príncipes deste mundo de trevas, pelas legiões de espíritos maus cuja maldade e sutileza são inspiradas pelo inimigo de Deus e dos homens, Satanás.
O último livro da Bíblia nos revela alguns detalhes desta “guerra rio céu”, sobre o seu significado espiritual e sobre o seu desfecho (Ap 12:1-2). O cristão que ignora esta luta é um cristão passivo, adormecido, formalista, que está perdendo a sua coroa.
Filho de Deus, você que é um mesmo espírito com seu Senhor (I Co 6:17; Ef 2:6), saiba reconhecer o seu adversário, e revestido com toda a armadura de Deus, seja forte. Vigie para não menosprezar nenhuma parte desta armadura.
“Cingi-vos com a verdade”, para que a sua armadura não tenha nenhuma rachadura de fraude ou mentira. “Vesti a couraça da justiça”, o seu coração e o seu amor estarão assim protegidos de qualquer surpresa, e qualquer falsificação. “Calçai os pés com a preparação do Evangelho da paz”, para estar pronto a testemunhar e a servir em qualquer oportunidade. “Embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação”, o único que pode proteger os seus pensamentos e mantê-los submissos a Cristo, o seu Chefe. Tome também “a espada do espírito, que é a palavra de Deus”, arma ofensiva e defensiva, a mais temida pelo inimigo – “com toda oração e súplica, orando todo o tempo no Espírito, e para isto vigiando com toda perseverança… “Fique firme, resista, e após ter tudo superado você ainda estará em pé com Cristo, e pronto para o seu serviço (Ef 6:12-18).
CAPÍTULO 25
“…Mas se alguém ama a Deus esse é conhecido por Ele…” I Co 8:3.
A lei pedia ao homem para amar a Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento (Mt 22:37). Deste modo ela colocava o homem diante de sua incapacidade de agradar a Deus, provando-lhe assim a sua culpabilidade diante deste Deus três vezes santo (Rm 3:19). O coração humano é desesperadamente corrupto e enganoso mais do que todas as coisas (Jr 17:9).
Até o momento da conversão, quando Deus nos regenera pelo seu Espírito Santo, o seu amor para conosco é unilateral. Ele nos ama com amor eterno (Jr 31:3), provado na cruz ao nos dar o seu Filho unigênito (Rm 5:8). Ele derrama este amor em nossos corações por intermédio do Espírito Santo (Rm 5:5).
A lei nos coloca diante de suas justas exigências e de nossa total incapacidade. Deste modo ela nos prepara para receber o dom perfeito da sua graça. Cristo tudo cumpriu em nosso lugar dando-nos a possibilidade de compreender as riquezas de sua graça, para experimentar a sua fidelidade e o poder de suas promessas. Consequentemente, esta declaração do apóstolo deve ser hoje uma realidade para você. “…Se alguém ama a Deus esse é conhecido por ele…” I Co 8:3. O Senhor já conhece nossos desejos. Pela obra perfeita cumprida através do seu Filho, ele tira o pecado, purifica o coração e nele vem habitar.
O seu maior, mais íntimo desejo, não é ser repleto do amor de Deus, para que este amor transborde sobre os outros? Ele sabe disto, e esta é a sua vontade. Ele quer purificar seu coração, livrá-lo de qualquer outro objetivo ou motivação interesseira. Coloque-se diante dele. Espere no Senhor. Como o orvalho desce dos céus na tranquilidade absoluta da noite. Ele espalhará sobre você o seu amor, e este amor crescerá e se espalhará sobre aqueles que o rodeiam.
“…Aquele que tem os meus mandamentos e os guardar, esse é o que me ama, e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele…” Jo 14:21. O Espírito de Deus dirige nossos corações na plenitude do seu amor que é tudo para nós. Que esta seja a sua oração e também a sua experiência abençoada.
CAPÍTULO 26
“…Levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo…” II Co 10:5.
O apóstolo Paulo encontrou muitos inimigos ao longo do seu ministério. Todos os meios eram válidos para diminuir a sua autoridade, criticar a sua obra e dela desviar as almas. Esse fato sobressai muito claramente nas Epístolas aos Coríntios. Mas, nesta passagem, Paulo mostra que o motivador e inspirador de toda esta oposição era o próprio Satanás. Era ele quem agia por trás de todas estas manifestações carnais e inimigas.
O apóstolo Paulo se aproveita desta ocasião para dizer que ele não combatia com armas carnais, mas com outras armas “…poderosas em Deus, para destruir fortalezas; anulando sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo…” II Co 10:4-5. Estas armas são dadas a toda a igreja de Deus.
A última frase desta importante passagem é um segredo espiritual, urna lei estratégica. Quais são os meios que o diabo usa para infiltrar-se entre os crentes ou na igreja? Usando homens com pensamentos frequentemente repletos de ambições vaidosas, de inveja ou de rebelião contra os caminhos de Deus (Ef 4:17).
Por que o cristão se torna vítima da carne temendo “o que vão dizer”, as influências nefastas do mundo, ou da apostasia? Por que tão facilmente se deixa confundir, paralisar, deter pelo medo ou por movimentos contemporâneos? Porque os seus pensamentos não estão submissos à obediência de Cristo.
Quanto a você, leitor, qual é hoje a sua posição? Você está desprotegido diante do diabo nesta área dos seus pensamentos? “…Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração…” Hb 4:12.
Em nossos dias, mais do que em qualquer outro momento da história da igreja, o crente está exposto a todo tipo de perigos espirituais. Mas você pode permanecer em pé e prosseguir com Cristo no caminho da vitória, vigiando para que todos os seus pensamentos sejam levados cativos à obediência de Cristo. Somente assim você estará seguro e Deus poderá lhe comunicar os seus pensamentos.
CAPÍTULO 27
“…E correndo o olhar pelos que estavam assentados ao redor, disse: eis minha mãe e meus irmãos. Portanto, qualquer que fizer vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe…” Mc 3:34-35.
O relato de Marcos descreve este momento decisivo e particularmente solene da vida terrestre de nosso Senhor. Ele contém uma mensagem direta para aqueles que o servem em espírito e em verdade.
Jesus fala aqui como o servo do Senhor, em quem Deus depositou todo o seu afeto. Ele acabara de ser praticamente rejeitado pelos chefes religiosos dos judeus (Mc 3:21-30). Mas além deste sopro vindo diretamente do inferno, acabara de enfrentar também um sopro glacial vindo de sua própria família. Esta não entende as coisas de Deus e muito menos a origem divina do Senhor. Ao saber de tudo que seu ensino e seus milagres produziram, seus parentes querem pôr fim a esta agitação. Eles declaram que ele “…está fora de si…” Mc 3:21.
Um pouco mais tarde sua mãe e seus irmãos fazem uma nova tentativa para detê-lo (Mc 3:31). Em resposta a esse duplo ataque o Senhor anuncia a nova relação que se estabelecerá entre seu Pai e seus filhos, uma relação muito mais íntima do que os laços de família!
Só participam desta união, aqueles que receberam do Pai a revelação de quem é o Filho, aqueles que se consagram a fazer a vontade de Deus a qualquer preço. A família do Senhor se compõe daqueles que aceitaram a sua salvação, seguindo os seus passos (I Pe 2:21).
As relações familiares e os laços terrestres permanecem como um dom do Criador. As epístolas do Novo Testamento afirmam direitos e privilégios da família, santificando-os. Mas quando o inimigo deles se apodera e faz da família um centro de resistência a Deus e à sua obra, o servo ou serva de Jesus Cristo não deve hesitar. Quando esta situação se apresentar, escute a voz do servo perfeito que diz:
“…Qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe…” Mc 3:35.
A vontade de Deus sempre se opõe à carne, ao coração, ao orgulho e às ambições do homem, mas ela sempre é boa, agradável e perfeita (Rm 12:1-2), para aquele que se entrega incondicionalmente ao seu Senhor.
CAPÍTULO 28
“…Servo de Jesus Cristo…” Rm 1:1.
É assim que o apóstolo Paulo se apresenta aos cristãos de Roma, no começo desta Epístola excepcional em sua mensagem inspirada. Não nos esqueçamos disto: Paulo, como Elias, “…era homem semelhante a nós…” Tg 5:17. No entanto ele revelou ao mundo a perfeita estatura de Cristo. Deus não cessa de se revelar e agir por meio dele.
A palavra “servo”, utilizada aqui é a mesma que designa nosso Salvador divino, o qual tornou forma de servo, literalmente de escravo (Fp 2:6). Paulo nada guardava para si mesmo. Tudo pertencia àquele que o havia encontrado no caminho de Damasco. Jamais durante sua vida e seu ministério tentou retomar qualquer coisa da entrega de si mesmo ao Senhor. Por causa disso Deus o abençoou e por meio dele se manifestou ao mundo, e o usou para comunicar o Evangelho ao mundo. Nos dias de hoje, o conceito de serviço na igreja é muito diferente daquele que o Espírito de Deus nos dá no Novo Testamento! O exemplo disso é Jesus Cristo: em Sua encarnação, o Filho de Deus tomou a forma de servo. Ele quis revelar-se como simples homem, obedecendo até a morte de cruz.
Desejar simplesmente ser “servo de Jesus Cristo”, não é isto a expressão da obra e da presença do Espírito Santo em nós? “…Se alguém me serve, siga-me, e onde eu estou, ali estará também o meu servo…” Jo 12:26. Sigamos a Jesus, estejamos constantemente com ele. “Tomai sobre vós o meu jugo, porque sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas” (Mt 11:29).
Não se trata de representar Cristo conforme o nosso querer, mas é ele quem deve se manifestar em nós e por nós, assim como ele mesmo é. Não somos mais escravos do pecado, mas libertos da iniquidade; tornamo-nos escravos da justiça, escravos de Jesus Cristo (Rm 6:16). O escravo hebreu, que amava o seu Senhor, aceitava como sinal de serviço voluntário que furassem a sua orelha (Ex 21:5-6); do mesmo modo, aceitamos esta consagração total ao serviço de Jesus Cristo. Não há maior privilégio aqui na terra do que servi-lo! Tenhamos em nós “…o sentimento que houve também em Cristo Jesus…” Fp 2:5.
“…Pois o Filho do Homem veio não para ser servido, mas para servir, e dar a sua vida…” Mc 10:45.
CAPÍTULO 29
“…Para que, segundo a riqueza da sua glória, conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior…” Ef 3:16.
Esta frase é o centro da segunda oração do apóstolo pelos Efésios (Ef 3:14-21; Ef 1:15- 23). De todos os pedidos que Paulo dirigiu a Deus, em favor dos cristãos, este representa um dos mais preciosos. Em sua primeira oração, Paulo revela quais são os temíveis inimigos espirituais que espreitam e assediam membros do corpo de Cristo: ele fala daquele que os venceu, que triunfou sobre eles para que os membros de seu corpo participem desta vitória e desta posição gloriosa nos lugares celestiais (Ef 2:4-8).
O apóstolo mostra que o cristão, seja homem ou mulher, deve viver para Deus aqui na terra onde Deus o colocou. Aí ele deve cumprir os seus deveres cotidianos, sabendo o mesmo tempo que seu nome está inscrito nos céus. Tendo compreendido isto, o cristão que tem certeza de sua vocação celeste enfrentará dificuldades, lutas, tentações e provações comuns a todos os homens (I Co 10:13), num grau até mais intenso e sutil, pois ele é particularmente visado pelo inimigo. Entretanto estes ataques se dirigem contra Cristo, que está em nós: é ele quem os recebe e quem nos dá a vitória.
Todavia Deus quer conceder a seu filho o conhecimento das riquezas da glória presente de Cristo Jesus assim como o seu triunfo no homem interior. Trata-se do santuário do ser regenerado onde o Espírito Santo habita (I Co 3:16), o coração, centro íntimo do seu ser, a fonte da vida (Pv 4:23), de onde procedem os seus pensamentos. Deus quer fazê-lo conhecer a vitória e o poder da obra daquele que está coroado de glória e de honra (Hb 2:9). Seja qual for a sua vida, sua situação e as circunstâncias, Jesus Cristo é a fonte inesgotável: poder de vida divina, poder da graça do Espírito Santo (Gl 5:22), poder de vitória e de autoridade sobre o inimigo e sobre a tentação, poder do próprio Cristo que habita no centro do seu ser, enchendo-o hoje com sua paz, e em qualquer circunstância.
CAPÍTULO 30
“…Porque Deus é quem efetua em vós tanto querer como o realizar, segundo a sua boa vontade…” Fp 2:13.
A Epístola aos Efésios trata do corpo de Cristo que é a igreja de Deus, de sua unidade de suas responsabilidades no mundo. A Epístola aos Colossenses adverte quanto aos perigos que ameaçam o corpo de Cristo. A Epístola aos Filipenses, por sua vez, dá o segredo da vida dos membros do corpo de Cristo para que possam resistir aos perigos, segui-lo e servi-lo dando frutos.
No capítulo 1, o apóstolo dá seu próprio exemplo. Depois coloca perante eles o exemplo do nosso divino Salvador e Senhor (Fp 2:1-12), cuja obra redentora é perfeita e oferece todas as garantias e todos os dons espirituais para triunfar. “…Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém muito mais agora na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar…” Fp 2:12-13.
Pode-se dizer que a redenção significa:
Deus conosco pela encarnação do seu Filho, Deus por nós pela sua obra redentora perfeita, e Deus em nós pelo poder do Espírito Santo que habita em nossos corações!
A cada dia da carreira cristã, Deus age naqueles que preencheram as condições requeridas de obediência e de fé. Ele opera sem barulho, santificando e conduzindo pelo seu Espírito.
Que esta realidade produza um temor filial, um respeito verdadeiro pela sua presença e por tudo o que ele é. É somente nesta condição que ele opera. Nada de resistência, sem objeções, sem discussões! Estejam com você o amor do Pai e o desejo de depender em tudo do que ele mostra e faz!
Deixe-o tirar tudo o que está “a mais” em seu coração, dar o que lhe falta, enchê-lo com seu amor; afastar tudo o que se lhe opõe “…Levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo…” II Co 10:5. Quando isso ocorre, ele dá o querer e o poder. Você ficará surpreso com a diferença que existe entre seus esforços cansativos e estéreis e o poder de Cristo que torna todas as coisas possíveis.
CAPÍTULO 31
“…Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim, e eu. Nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer…” Jo 15:5.
Estas palavras vivas e permanentes do nosso divino Senhor foram proferidas a caminho do Getsêmani. O Senhor sabia o que ia acontecer, “…mas precisamente com este propósito, disse ele, vim para esta hora…” Jo 12:27. As circunstâncias nas quais estas palavras foram pronunciadas lhes dão um significado particularmente solene.
Israel, a vinha de Deus, foi rejeitada. Daí em diante o próprio Senhor Jesus Cristo é a videira verdadeira. Pela sua morte e ressurreição, assegurando a sua obra de salvação pela graça. Ele se identifica com os seus numa união tão íntima quanto a da videira com os ramos.
Assim como a figueira estéril (Mt 21:19-20), Israel possuía somente as folhas de uma confissão religiosa vazia e vã, enquanto o Senhor esperava frutos. Pela sua morte e ressurreição, pelo dom de seu Espírito Santo, o Senhor faz algo novo: Ele quer transmitir a sua vida ao mundo, por meio daqueles que lhe pertencem. Ele une a si mesmo seus filhos consagrados e os enxerta em suas feridas. Tornam-se “um” com ele. Vivem da sua vida e estas vidas humanas produzem muito fruto. Sem barulho, sem agitação, milagre da vida acontece. Nós permanecemos nele, e ele em nós, pois está escrito: “…Sem mim nada podeis fazer…” Jo 15:5.
Saiba que este privilégio lhe pertence pela fé. Entenda que você permanece em Cristo e que ele permanece em você. Ele é a videira, nós somos os ramos. A sua vida está em você, e você nele. Se não há o obstáculo da desobediência, esta vida se manifestará em tudo o que você é e faz. Cristo se torna a sua vida: você não está mais abandonado a si mesmo ou ao capricho das circunstâncias, mas escondido com Cristo em Deus (Cl 3:2-3). Você procura as coisas do alto e a elas se apega. Tal é a vida cristã, tal é a dádiva de Deus para você. Quem entra no descanso de Deus repousa de suas próprias obras (Hb 4:10).
Além disso, o Senhor nos revela que o próprio Pai é o agricultor (Jo 15:1). Não somente Cristo nos une a si mesmo, mas também submete nossa vida a seu Pai que cuida de nós e nos disciplina para que produzamos ainda mais frutos.
A CORRIDA CRISTÃ
A vida cristã, esteja certo disso, não é um mero passeio onde nos rodeamos de ilusões, nem uma forma de piedade na qual adormecemos. Ela é uma corrida. Em várias ocasiões, o Espírito Santo inspira o apóstolo Paulo a descrevê-la através de figuras tomadas do esporte grego. Eis um exemplo: “…Igualmente o atleta não é coroado, se não lutar segundo as normas…” II Tm 2:3-5.
“Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio?” I Co 9:24.
A vida cristã exige esforço, disciplina e consagração absolutos; que isso não o espante. O começo desta corrida é na cruz, onde confuso, humilhado pelo seu pecado, você aceitou Jesus Cristo como seu Salvador. Muitos contentam-se com isso e não continuam adiante. Que não seja assim com você, pois é justamente após esta experiência que a corrida começa! A pista está diante de você, e Deus em sua sabedoria fará com que você a conheça progressivamente. Os obstáculos devem ser superados, e não contornados; as dificuldades devem ser vencidas, e não evitadas.
Que toda a energia de seu ser se concentre nesta corrida. Corra de modo a alcançar o prêmio!
FIM
Nota sobre o autor
H.E. Alexander nasceu em 1884, em Edimburgo, na Escócia, de uma família tradicionalmente evangélica. Passou por uma profunda conversão no ano de 1901 e, de moço mundano que era, foi transformado em fiel ministro do Senhor, desejando ardentemente servir Àquele que o salvara.
Seguindo os conselhos de seu pastor, Dr. George Wilson, ingressou em 1904, no “Bible Training Institute”, em Glasgow, fundado em 1892 por D. L. Moody. O grande avivamento no país de Gales deixou uma impressão indelével no ministério de H. E. Alexander.
Trabalhou como evangelista de grande êxito na Suíça e na França. Fundou a Escola Bíblica de Genebra (atualmente IBG), as Casas da Bíblia, a Sociedade Bíblica de Genebra e a obra missionária Ação Bíblica, que hoje são associações de igrejas locais em diversos países.
Escreveu numerosos livros. Faleceu em Genebra no dia 08 de abril de 1957.